Resenha: Um Amor Inesperado (Amores Imperfeitos #1), Diane Bergher

Sinopse:

Violeta nunca esperou muito de sua vida, talvez um casamento com um bom homem que lhe desse filhos e uma família feliz. Filha de um excêntrico fidalgo português, cresceu no Brasil na companhia de suas três irmãs mais velhas e do caçula, o único varão a quem sempre amou como filho. Imbuída das ideias abolicionistas do pai, acredita que a causa dos negros é o futuro da nação, o que a faz se envolver em projetos audaciosos para uma jovem dama de berço.

Fernão Benício é a esperança dos novos ventos que sopram cada vez mais desraigados entre os jovens brasileiros. Idealista, de mente ágil e empreendedor por vocação, fez a fortuna da família crescer ao se lançar no mercado de valores. Tido por muitos como revolucionário, milita em favor da liberdade e da igualdade. Um descrente no amor, não pretende se casar logo, inventando inúmeras desculpas para evitar o matrimônio.

Violeta e Fernão Benício irão provar que o amor pode nascer do inesperado.

“Um Amor Inesperado” narra a trajetória de Violeta e Fernão Benício, os patriarcas da Família Gusmão de Albuquerque, cujos descendentes tiveram suas histórias contadas por meio dos livros da série “Belle Époque”.

Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟

Quem leu a série “Belle Époque” (se você ainda não conhece, eu falo tudo sobre ela aqui) já teve a oportunidade de conhecer a matriarca da família Gusmão de Albuquerque como uma senhora distinta e respeitada na sociedade, mas também uma mulher excêntrica e a frente do seu tempo. E é possível que, em algum momento, tenha se perguntado como ela seria na juventude. Pois aqui podemos conferir em primeira mão a resposta para esta questão.

Em “Um Amor Inesperado”, conhecemos Violeta como a estrela dos salões cariocas. Pode até não ser a mais bela, mas seu requinte e extremo bom gosto para a moda, além, é claro, do excelente sobrenome, afinal ser filha de um visconde próximo ao imperador não é para qualquer uma, faz com que atraia olhares e tenha a parceria na dança disputada pelos mais distintos cavalheiros da corte. No entanto, engana-se quem pensa que seus interesses restringem-se a bailes, vestidos e mexericos. Violeta aproveita-se do acesso irrestrito que possui aos mais elegantes salões e da oportuna imagem de afetada e cabeça de vento para obter valiosas informações e ajudar na causa abolicionista sem que qualquer suspeita recaia sobre si. Ela estava muito satisfeita em fazer sua parte em prol do bem maior até que trocam o responsável por lhe passar orientações sem avisá-la e, em vez do fino advogado com quem sempre tratou (Danilo Magalhães – o pai, não o filho – outro nome familiar aos leitores de “Belle Époque”), enviam-lhe Fernão Benício Gusmão de Albuquerque (um nome pequeno e fácil de memorizar… SQN), um burguês que não possui o mínimo de educação esperada de um verdadeiro cavalheiro e, ainda por cima, é republicano.

A falta de trato do banqueiro incomoda enormemente Violeta e faz com que a antipatia seja imediata; antipatia plenamente retribuída por ele, que não gosta dos melindres e manias irritantes que só uma dama da nobreza poderia ter, ainda que seja obrigado a admitir que de enfadonha ela não tem nada. Contudo, na falta de outra pessoa para tratar consigo, Violeta é obrigada a manter contato com Fernão. E, embora seja exasperante, ela não consegue negar o belo espécime de homem que o banqueiro é, viril como nenhum outro com quem tenha convivido, de modo que não consegue se manter indiferente às provocações do cavalheiro. Entre uma troca de farpas e outra, o desejo e a atração que sentem vão aumentando até se tornarem irresistíveis. Entretanto, quando o coração começa a bater mais forte, as enormes diferenças que existem entre eles marcam presença e tornam o relacionamento improvável.

Eu amei demais acompanhar esta história. Violeta já era uma personagem extremamente marcante, mas Fernão também conquistou um lugarzinho de honra no meu coração. Me diverti muito com as brigas e alfinetadas que dão um no outro enquanto um sentimento intenso e avassalador vai nascendo sem que se deem conta. E achei incrível vê-los se envolvendo de forma tão ativa na luta para livrar o país da terrível mácula da escravidão. Não poderia esperar nada diferente de uma mulher incrível como Violeta, e ser esta a causa de sua aproximação com Fernão foi uma jogada de mestre da Diane. Sem dúvida, maravilhoso. Mal posso esperar para acompanhar também os romances de Danilo e Manoela, e Matthew e Laura, cujas interações já tivemos pequenos vislumbres por aqui.

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