Oi, meus amores! Tudo bem? ❤
Um pouco atrasada, mas finalmente vim falar sobre as minhas melhores leituras de 2022. Diferentemente dos anos anteriores, eu não li tantos romances de época, então não vou trazer duas listas separadas. E como sempre, não custa lembrar que é a MINHA lista de melhores do ano, baseada unicamente no MEU gosto literário. Se vocês não concordarem, está tudo bem. É isso, então, bora pro top 10!
10 – É Assim que Acaba e É Assim que Começa, Colleen Hoover
É Assim que Acaba
Depois de 84 anos, eu finalmente peguei um livro da Colleen Hoover para ler e foi uma experiência incrível. É um livro leve e gostosinho durante 75% por tempo, foi muito fácil me apaixonar pela Lily e vibrar com as conquistas dela, a amizade com a Alyssa, seu primeiro amor com o Atlas… e até com os momentos “bons” com o Ryle, mas os outros 25% são um soco na cara pra gente aprender a não julgar as pessoas sem passar pelo que elas passaram. Eu achei muito real a forma como a autora abordou a temática do relacionamento abusivo, por isso talvez seja tão fácil encontrar defeitos na história. Se a Lily é tão forte, tão inteligente, por que ela continuou com o Ryle depois da primeira vez que ela “caiu”? Por que ela não mandou o Ryle pra cadeia depois de tudo? Como ela entrou num relacionamento abusivo depois de ter presenciado toda a experiência da mãe? Tudo isso é revoltante e me deixou cheia de raiva durante a leitura, mas foi o que achei mais corajoso por parte da Colleen Hoover. Na vida real, isso pode acontecer com pessoas ditas fortes, nem sempre os agressores vão pra cadeia e, principalmente, na maioria dos casos os agressores não são monstros de filmes de terror. São pessoas reais com passados terríveis que descontam suas frustrações em pessoas mais fracas. Apesar de tudo, eu senti muita pena do Ryle e não consegui deixar de torcer para que, depois do que aconteceu, a terapia funcionasse e ele conseguisse se tornar uma pessoa melhor, que se responsabilizasse pelo que faz, mas fato é que a Lily não merecia ser a clínica de reabilitação dele.

Sinopse:
O romance mais pessoal da carreira de Colleen Hoover, “É Assim que Acaba” discute temas como violência doméstica e abuso psicológico de forma sensível e direta.
Em “É Assim que Acaba”, Colleen Hoover nos apresenta Lily, uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela.
Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?
“É Assim que Acaba” é uma narrativa poderosa sobre a força necessária para fazer as escolhas certas nas situações mais difíceis. Considerada a obra mais pessoal de Hoover, o livro aborda sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos.
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É Assim que Começa
Sim, eu coloquei os dois livros na mesma posição, porque, a meu ver, é uma história só e não vi motivos para separar. Particularmente, acho “É Assim que Acaba” melhor, mas “É Assim que Começa” é aquele alívio, aquele quentinho no coração que nós, leitores, e claro, a Lily merecíamos, então merece aparecer aqui também. Foi maravilhoso ver essa mulher tendo um final feliz com o homem que a amou a vida inteira. Os dois formam um casalzão que facilmente poderia acontecer na vida real, a Colleen Hoover foi muito realista na hora de conduzir a história e, ainda assim, criou um romance lindo e emocionante. Atlas é o homem mais perfeito do mundo, toda mulher merece um exemplar desses. Lily sortuda! Por outro lado, o Ryle continuou sendo um babaca e aqui finalmente precisou lidar com algumas consequências disso, ainda que não exatamente o que a gente acha que ele merecia. Amei, amei, amei!

Sinopse:
Lily Bloom continua administrado uma floricultura. Seu ex-marido abusivo, Ryle Kincaid, ainda é um cirurgião. Mas agora os dois estão oficialmente divorciados e dividem a guarda da filha, Emerson.
Quando Lily esbarra em Atlas — com quem não fala há quase dois anos —, parece que finalmente chegou o momento para poderem retomar o relacionamento da adolescência, já que ele também está solteiro e parece retribuir os sentimentos de Lily. Mas apesar de divorciada, Lily não está exatamente livre de Ryle. Culpando Atlas pelo fim de seu casamento, Ryle não está nada disposto a aceitar o novo relacionamento de Lily, ainda mais com Atlas, o último homem que aceitaria ver perto de sua filha e da ex-esposa.
Alternando entre os pontos de vista de Atlas e Lily, “É Assim que Começa” retoma logo após o epílogo de “É Assim que Acaba”. Revelando mais sobre o passado de Atlas e acompanhando a jornada de Lily para abraçar a sua segunda chance no amor enquanto lida com um ex-marido ciumento, “É Assim que Começa” prova que ninguém entrega uma leitura mais emocionante do que Colleen Hoover.
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9 – Trilogia Enfeitiçados, Karina Heid (resenha aqui)
Não tem lista separada, mas definitivamente não podia deixar os romances de época de fora. Essa trilogia é linda, sensual, emocionante e deliciosa de ler. Tem livros para todos os gostos e eu amei cada um deles, por isso decidi colocar todos nos melhores do ano.
Um Libertino Enfeitiçado
Gente do céu, que livro fofo! Amo os morenos sarcásticos de passado sombrio, mas os mocinhos com energia Golden Retriever (engraçados e brincalhões) também têm um lugar especial no meu coração. Niels tem um humor incrível e possui a dose perfeita de safadeza também, virei cadelinha total. O jeito que ele cuida da mocinha e da família dela é tudo pra mim. A Effie, as irmãs e a filhinha também são maravilhosas, e adorei conhecer o Hank e ver o início da história dele com a Liesel.

Sinopse:
Cem anos antes, sua ancestral amaldiçoou o próprio amor. Hoje, nenhuma delas pode se apaixonar
Elas não podem demonstrar sentimentos, muito menos abrir o coração. Apaixonar-se? Só se quiserem enviuvar – e já foram mais de vinte velórios na família…
Niels Petersen está ávido para tomar posse da herança que o pai deixou e vender tudo rapidamente, visando voltar para a sua vida de diversão. O problema? Uma cláusula esdrúxula que o impede de realizar seus planos. Ele precisa se casar e manter o enlace por, pelo menos, um ano. A única saída é encontrar uma viúva que aceite participar da farsa. E quem melhor do que uma das Rosengarten, que estão desesperadas para recuperar as terras que agora lhe pertencem?
Quando as Rosengarten se veem em vias de ser despejadas de sua casa, resolvem aceitar o impensável: voltar a unir uma delas em matrimônio com o novo dono das terras onde vivem há gerações: um rapaz recém-saído da Universidade, cheio de virilidade e energia. Só não esperavam que o pedido fosse feito para Effie, a mais velha de três irmãs.
Prática e direta, Effie encara a proposta como um acordo de negócios. Por um ano ela fingirá ser esposa do jovem Petersen, até ele deixar a ilha e as terras voltarem a ser delas. Effie não tem nada a perder. Era só manter o coração longe desse arranjo, e isso ela tinha certeza que conseguiria fazer.
Ela não se deixaria impressionar por Niels e sua juventude exuberante, seus músculos admiráveis e o sorriso sem-vergonha. Nem jamais se renderia ao charme felino e aos beijos incendiários, até porque ele é dez anos mais novo que ela e apaixonar-se seria ridículo.
As regras pareciam simples: seguirem com as vidas em separado, manter o coração distante, salvar a família. O que ela não contava era que o jovem tivesse uma queda por mulheres experientes, mãos afoitas e um charme bastante sensual…
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Um Forasteiro Enfeitiçado
Em algum momento, eu já devo ter falado por aqui que sofro da síndrome de Estocolmo literária e simplesmente amo livros com plot de rapto, e é o que encontramos aqui. Sem querer, a mocinha, Heid, acaba encontrando um amuleto em forma de sereia que no passado pertenceu à família de Philip, o mocinho, que acreditava que ele lhe concedia boa sorte. O amuleto vem sendo procurado desde seu desaparecimento, há mais de cem anos, e quando Philip ouve boatos sobre ele ter sido encontrado, não tarda a ir atrás, o problema é que ele foi partido em dois, e uma das metades foi transformada num anel que ficou preso ao dedo da mocinha, que acaba sendo sequestrada por seus capangas. Philip decide mantê-la consigo até que finalmente consiga soltar o anel, mas quem disse que Heid está preocupada? Ela está cansada da vida entediante que leva e só pensa em aproveitar a oportunidade que a vida lhe deu de conhecer um pouco do mundo. Até porque o mocinho desperta todo tipo de coisa nela, mas medo é a última delas… Isso nos rende uma história leve, divertida, sensual e cheia de aventuras, além de uma dose mais do que necessária de representatividade, já que Philip é negro. Eu adorei a leitura, tá mais do que recomendada!

Sinopse:
Alemanha Imperial, 1882
Heidi, a mais jovem das irmãs Rosengarten, aprendeu na prática que os enlaces precisam ser evitados e que seguir à risca a cartilha da família — manter o coração fechado — é mais do que necessário. Contudo, ao desenterrar um misterioso amuleto na praia, ela faz um pedido inusitado: quer que o destino lhe traga uma aventura. E é exatamente isso o que vem ao seu encontro: ela acaba raptada pela tripulação do Sirène Blanche e levada até a presença de um charmoso capitão que exige seu amuleto de volta.O capitão Phillip Bonnet persegue há anos um talismã em formato de sereia, roubado há um século de sua família. Quando ouve que ele foi avistado na Antuérpia, zarpa com seu navio a toda velocidade para recuperar o que lhe pertence. O problema? A sereia está partida ao meio. Uma das partes foi roubada, e a outra faz parte de um anel que está preso ao dedo de uma jovem viúva alemã. Para ter sua sorte de volta, o capitão precisará recuperar o amuleto e arrancar o anel do dedo da moça, enquanto decide se segue as superstições do mar ou ouve os anseios do coração.
Seria o amuleto o mapa de um tesouro? Se sim, a que riquezas levariam?
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Um Marquês Enfeitiçado
Se “Um Libertino Enfeitiçado” e “Um Forasteiro Enfeitiçado” são livros leves, este aqui foi feito para destroçar nosso coração. A narrativa alterna entre o passado, em que vemos como nossos mocinhos se conheceram, se apaixonaram e se afastaram um do outro, e o presente, em que acompanhamos uma investigação para descobrir a origem da maldição que leva todas as mulheres Rosengarten à viuvez e, mais importante, como é possível quebrá-la. Também vemos o que acontece após Hank “raptar” Liesel no primeiro livro. É dolorido ver o tanto que eles sofreram nesse período separados, mas também maravilhoso ver a nova chance que o destino lhes deu de se reconectarem. Vocês já sabem o quanto eu amo um dramalhão, então não é surpresa pra ninguém que este tenha virado meu livro favorito da série. É lindo demais, sério, impossível não se emocionar com esta história.

Sinopse:
“Você não tem permissão para morrer”
Com essa frase, o marquês de Helldorf rapta Liesel de Rosengarten e a leva para a sua residência na cidade. Sua raiva pela mulher que o abandonou continua viva e latejante, assim como o amor sem medida que sente por ela.
Enquanto procuram os rastros da antiga maldição que mata todos os que se aventuram a desposar uma Rosengarten, Hank e Liesel se reencontrarão entre acusações, tristeza, desolação e noites de perdão.
Com a ajuda de sonhos e estranhas aparições, o mistério das Rosengarten é revelado página a página, mostrando que as correntes do amor verdadeiro — aquele que permanece, liberta e perdoa — não se rompem por nada.
LIVRO 3 ★ É NECESSÁRIO LER OS DOIS ANTERIORES ★ +18
Aviso de gatilhos no interior do livro ★ Leia a nota da autora
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8 – Vergonha, Brittainy C. Cherry
Como vocês sabem, eu não sou tanto do romance contemporâneo quanto sou do de época, mas este aqui virou um dos favoritos da vida. É emocionante do começo ao fim e me lembrou muito um dos romances de época que eu mais amo, que é “Always to Remember” (resenha aqui), devido ao fato de o mocinho ser desprezado por toda a cidade. É impossível não sentir ódio desse bando de hipócritas do caramba. Tem uma vibe “enemies to lovers” no começo, porque o mocinho tem motivos para odiar a família da mocinha e aí acaba tratando ela super mal, mas ele não demora a perceber que ela é diferente e também carrega muitas dores. Os dois estabelecem uma amizade que vai ganhando cores, se é que vocês me entendem… Eles vão encontrando cura e força um no outro, mas precisam superar suas dores sozinhos e esse é um processo super dolorido. Se vocês terminarem a leitura sem derramar pelo menos uma lágrima, é porque estão mortos por dentro. Uma coisa que eu amei aqui é o fato de os mocinhos amarem ler e aí trocarem bilhetinhos e recomendações, é tudo, de verdade!

Sinopse:
Um amor inesperado que surge de forma inusitada e arrebata a vida de Grace Harris.
Grace Harris está perdida e sozinha em sua casa em Atlanta depois que o homem que ela pensou que ficaria a seu lado pelo resto da vida traiu sua confiança, partiu seu coração e saiu de casa, deixando seu casamento em suspenso.
Grace resolve, então, passar o verão com a família em Chester, sua cidade natal, para respirar, dar um tempo de tudo. Sua vida está uma bagunça, e o que ela precisa no momento é de um pouco de gentileza e compaixão.
Por incrível que pareça, Grace encontra isso na pessoa mais improvável de todas: Jackson Emery, a ovelha negra da cidade. Conhecido como a erva daninha de Chester, ele é sinônimo de encrenca, e não faz nada para mudar essa imagem. Tendo perdido na infância o que havia de mais valioso na vida, Jackson se tornou um homem amargurado e não dá a mínima para o que pensam dele.
Os caminhos de Grace e Jackson acabam se cruzando de um jeito inusitado, e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem deixar rolar e se entregar a uma diversão passageira.
Porém, o que Grace não imaginava é que seu coração, já destroçado, seria obrigado a aprender que certos relacionamentos são capazes de causar dores muito profundas, e que é sempre preciso fazer uma escolha.
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7 – Elliot (Trilogia Protetores #3.5), Anne Marck (resenha aqui)
Eu sou do team que esperou quatro anos pelo lançamento deste livro e valeu cada segundo, a Anne Marck entregou uma história perfeita como sempre. A jornada de cura e superação da Amália foi tão linda, eu sofri demais com ela, mas amei ver cada passo que ela deu em relação ao seu autoconhecimento e amor próprio. E ter um homem lindo, protetor e que acreditava nela como o Elliot ajudou muito nesse processo, mas não foi a cura dela. A Anne trabalhou tudo com muita sensibilidade e responsabilidade, fazendo a Amália realmente passar por terapia em vez de só dar um “pau curador” como certas autoras fazem por aí. O romance entre o Elliot e a Amália me emocionou e me encantou desde as primeiras páginas. Foi uma delícia também matar a saudade dos personagens dos outros livros, principalmente a Pini, o Gael, o Sebastian e a Penelope. Eu amo a forma como a Anne retrata a amizade nos livros, me diverti horrores com as interações entre o Elli e os companheiros. Eles são incríveis, cara! O livro também conta o passado da babushka e foi de longe a cena que mais me fez chorar, mas também aprender a admirar essa mulher tão forte. Pro livro ficar melhor, só faltou a Amália conhecendo o Dom (quem leu, vai entender esse comentário).

Sinopse:
Elliot, ex-integrante da elite das Forças Armadas Russas, experiente e letal, não estava preparado para o tipo de sentimento que surgiu em seu peito depois de resgatar a jovem dona do mais profundo e destruído olhar que já viu no rosto de alguém.
Amália agora era sua responsabilidade.
Ele era seu protetor.
E como tal, não deveria sentir. Não deveria desejar.
Mas ele sentia… e desejava.
Lutar contra seu coração será tão desafiador quanto ajudar a garota quebrada a lutar por si mesma.
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6 – Parting Gifs, Lorraine Heath
A Lorraine Heath é minha autora de época favorita, essa mulher não erra nunca e, como esperado, entregou uma história super emocionante, sofrida, mas que também garante um final feliz que deixa nosso coração quentinho. Aqui nós acompanhamos a Maddie, uma mulher que está sozinha no mundo e, desesperada, enxerga num bordel a última esperança de não sucumbir à fome. No entanto, quando está prestes a entregar sua virgindade em troca de algumas moedas, sua fragilidade atrai o olhar de Charles, um homem que sabe que está com os dias contados e deseja dar uma mãe aos seus filhos antes de partir. Ele a “compra” e se casa com ela no dia seguinte, porém, ao voltar para casa, percebe que seu irmão não está nada feliz por ele ter gastado todo seu dinheiro com uma mulher “dessa laia”. Isso nos brinda com um pouco do romance cão e gato que eu amo. Eu fiquei surpresa porque achava que o Charles morreria logo no começo do livro, mas isso não acontece, então se preparem para sentir o coração apertado e sofrer a angústia de esperar a partida dele. Eu sou apaixonada por histórias com crianças e não foi diferente com esta, é lindo ver a Maddie conquistando o amor desses pequenos e se tornando uma verdadeira mãe de coração. O irmão do Charles é um ex-Texas ranger que desconfia da Maddie desde o início e investiga o passado dela para descobrir o que ela esconde, o que também nos rende uma dose de mistério.

Sinopse:
Casando-se com Maddie, uma mulher que trabalha em um bordel para sobreviver, o viúvo Charles Lawson espera fornecer a seus três filhos uma mãe amorosa até que sua doença terminal o leve a organizar um casamento entre Maddie e seu irmão.
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5 – Nevernight: a Sombra do Corvo e Godsgrave: o Espetáculo Sangrento (Crônicas da Quasinoite #1 e #2), Jay Kristoff
Eu comecei a ler “Nevernight” em 2021, mas achei o começo muito confuso e, por isso, acabei pausando a leitura e retomando só no ano passado. Foi a melhor coisa que eu fiz, porque eu simplesmente amei. A partir dos 20%, o livro se torna extremamente envolvente e gostoso, com a chegada da Mia na Igreja Vermelha. Os personagens que são introduzidos são incríveis e nos surpreendem horrores (positiva e negativamente, já aviso), o treinamento para virar assassina é brutal e brilhantemente construído, e as reviravoltas da história me deixaram chocada real. E se não bastasse “Nevernight” ser perfeito, “Godsgrave” conseguiu ser ainda melhor. Sério, podem cancelar o Jay Kristoff à vontade, problematizar os livros, mas é inegável que o homem sabe contar uma boa história. E eu preciso comentar que AMOOOOO o narrador da série, ele me fez rir demais. Acho que nunca amei tanto notas de capítulo quanto as que tem nesta história. Em “Godsgrave”, fica ainda mais forte a referência à Roma Antiga, que claramente foi a inspiração da série, e eu adorei como ele trabalhou isso aqui. O final deste livro é um surto completo, eu estou me descabelando para ver o que vai acontecer no próximo. Sabe a trend do “se prepara, hein?”? Então, é esse o aviso que eu dou para quem for ler também. “Darkdawn”, o último livro da série, é definitivamente uma das minhas prioridades para 2023.

Sinopse:
Há histórias sobre Mia Corvere, nem todas verdadeiras. Alguns a chamam de Moça Branca. Ou a Faz-Rei. Ou o Corvo. A matadora de matadores. Mas, uma coisa é certa, você deveria temê-la.
Quando ela era criança, Darius Corvere – seu pai – foi acusado de insurreição contra a República de Itreya. Mia estava presente quando o carrasco puxou a alavanca, viu o rosto do pai se arroxeando e seus pés dançando à procura do chão, enquanto os cidadãos de Godsgrave gritavam “traidor, traidor, traidor”…
No mesmo dia, viu a mãe e o irmão caçula serem presos em nome de Aa, o Deus da Luz. E, embora os três sóis daquela terra não permitam que anoiteça por completo, uma escuridão digna de trevas tomou conta da menina. As sombras nunca mais a largaram.
Mia, agora com dezesseis anos, não se esqueceu daqueles que destruíram sua família. Deseja tirar a vida de todos eles. É por isso que ela quer se tornar uma serva da Igreja Vermelha – o mais mortal rebanho de assassinos de toda a República. O treinamento será árduo. Os professores não terão misericórdia. Não há espaço para amor ou amizade. Seus colegas e as provas poderão matá-la. Mas, se sobreviver até a iniciação, se for escolhida por Nossa Senhora do Bendito Assassinato… O maior massacre do qual se terá notícia poderá acontecer. Mia vai se vingar.
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4 – Safira de Prata (Duologia Safira de Prata #1), Laura Reggiani
“Safira de Prata” é uma fantasia com licantropos (lobos) que entrou pra minha lista de livros favoritos da vida (e não para qualquer posição na lista, está bem no alto, ali pertinho de ACOTAR, “Trono de Vidro” e “Sangue e Cinzas”). É um livro enorme (por isso foi dividido em dois volumes, e sim, os dois formam um único livro chamado “Safira de Prata”. A duologia é fechada com “Diamante Dourado”, que é OUTRO LIVRO), mas tão bom, tão gostoso de ler, que a gente nem sente as páginas passarem. Eu fiquei presa desde o comecinho e meu interesse só foi aumentando conforme as coisas aconteciam. A Laura Reggiani tem uma escrita maravilhosa, o que considero uma das coisas mais importantes na fantasia, afinal precisamos nos sentir dentro de um universo diferente do nosso. E isso ela fez com maestria, a gente se sente muito bem ambientado desde o início. A mocinha do livro também me conquistou desde o começo da história, em poucas páginas eu já estava totalmente apegada e torcendo por ela. A bicha cresce demais ao longo do livro, mas conseguimos sentir que ela carrega uma força com ela desde o início. E, cara, ela tem uma língua ferina e um gênio terrível que me fizeram lembrar muito da Aelin de “Trono de Vidro”. As personagens são beeeem diferentes, mas se parecem nesse aspecto, e eu amei! “Safira de Prata” também tem um romance no melhor estilo “enemies to lovers”, ou melhor, “haters to lovers”, do jeito que a gente gosta. Os mocinhos não se bicam de jeito nenhum, preparem-se para brigas épicas entre eles. E isso é ainda mais divertido porque o mocinho precisa ensinar nossa mocinha a lutar… e ele não alivia pro lado dela de jeito nenhum. Eu até fiquei com vontade de ler mais cenas de treino, mesmo que isso fosse tornar o livro ainda maior, mas as que tem são ótimas. No entanto, além do romance, a Laura também trabalha muito bem os laços de amizade. Nossa mocinha sofreu muito na mão do pai, então sua referência familiar é péssima, mas quando se junta aos lobos (não vou falar sobre isso para não dar spoiler), ela acaba encontrando uma nova família no meio deles. É um livro cheio de sororidade, o que me deixou muito feliz. “Safira de Prata” ainda é recheado de ação e mistério, e tem plot twists incríveis. Só leiam, sério, vale super a pena! Mal vejo a hora de finalizar a duologia.

Sinopse:
Tudo que Safira Erklare deseja é deixar seu passado em sua vila pacata para trás, mas a jovem acaba tendo seu mundo virado de ponta cabeça depois de uma noite que habitará seus pesadelos pelo resto da sua existência.
Ela agora é uma licantropa: uma criatura com a capacidade de se transformar em um lobo, e precisa se adequar ao seu novo lar, uma alcateia cheia de feras territoriais. No entanto, a garota aparentemente é uma loba submissa que não se transforma — fraca, mansa e descartável, ela se tornará uma presa fácil para a matilha de bestas rivais caso não aprenda a cuidar de si mesma.
Sua única opção é treinar com Howl Vowen, o capitão da guarda de sua alcateia, primogênito e herdeiro do alfa. O rapaz é rude, inexpressivo e tão caloroso quanto um pedaço de pedra, mas Safira se vê obrigada a colaborar com ele quando os dois descobrem que um lobo desleal vem passando informações cruciais sobre a alcateia para o inimigo.
Em meio a uma teia de ameaças, intrigas e conflitos internos, ambos terão de aprender a trabalhar juntos antes que seja tarde demais, ou poderão pôr tudo a perder — seja perder o que começaram a sentir um pelo outro ou perder inúmeras vidas inocentes num massacre que vem durando há décadas.
AVISO: este livro possui conteúdo sensível para menores de dezesseis anos, incluindo cenas gráficas de cunho sexual, abusos, violência e morte.
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3 – Casa de Céu e Sopro (Cidade da Lua Crescente #2), Sarah J. Maas (resenha aqui)
Deve ser a milésima vez que venho dizer que a Sarah J. Maas é a melhor, mas o que posso fazer se ela só se supera a cada livro? Diferentemente de “Casa de Terra e Sangue”, que é mais focado na construção do romance, aqui é tiro, porrada e bomba desde o início. A Bryce e o Hunt só queriam viver na paz, mas seu senso de justiça não permite que assistam quietos os inocentes sofrerem e, antes que percebam, se veem no centro de uma rebelião que pode custar sua liberdade ou, até mesmo, suas vidas. Eu amei do começo ao fim, mesmo com a dose de sofrimento que a dona Gmail sempre nos faz passar. E o final, meus amigos, eu gritei, gritei e gritei, mesmo tendo recebido certo spoiler com antecedência. Quem não deu ainda uma chance à série, precisa começar pra ontem.

Sinopse:
“Casa de Céu e Sopro” é a sequência poderosa de “Casa de Terra e Sangue”, da série new adult “Cidade da Lua Crescente”. Uma narrativa potente de Sarah J. Maas, a autora best-seller #1 do New York Times, repleto de fantasia, mistério, batalhas e, principalmente, romances inebriantes.
O poder mais mortal. A paixão mais feroz. O destino mais cruel.
Bryce Quinlan e Hunt Athalar fizeram um pacto. Enquanto processam os eventos da última primavera, eles irão manter as coisas… platônicas… até o solstício. Eles salvaram a Cidade da Lua Crescente, mas com tanto frenesi acontecendo ultimamente, eles desejam, mais do que qualquer coisa, uma oportunidade de relaxar. Desacelerar. E descobrir o que o futuro lhes reserva. Mas quando a tensão suspensa entre os dois alcançar um nível insustentável, prestes a incendiar a Cidade da Lua Crescente, eles serão capazes de resistir?
Enquanto isso, para os dois, a iminência do perigo não está ainda fora de questão. Arrastados para um movimento rebelde do qual não querem tomar partido, Bryce, Hunt e seus amigos veem a si mesmos contra os sinistros asteri – de quem, custe o que custar, precisam evitar ser percebidos.
No entanto, quanto mais conhecem as causas desse movimento revolucionário, mais se aproximam de uma inevitável escolha: permanecer quietos enquanto outros são oprimidos… ou lutar.
E eles nunca foram muito bons em manter silêncio.
Nessa sequência sexy e cheia de ação do best-seller “Casa de Terra e Sangue“, Sarah J. Maas constrói uma história cativante sobre um universo prestes a explodir – e sobre os que não medirão esforços para protegê-lo.
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2 – Uma Sombra na Brasa (Carne e Fogo #1), Jennifer L. Armentrout (resenha aqui)
Que eu amo “De Sangue e Cinzas”, não é segredo pra ninguém que me acompanha aqui no blog ou no Instagram. Agora até eu fiquei surpresa com o fato de “Uma Sombra na Brasa” ter superado a série original. As minhas expectativas eram gigantescas, mas conseguiram ser batidas em muito. A escrita maravilhosa, o universo fantástico muito bem construído, o romance “enemies to lovers” sensual e apaixonante, e a mocinha badass são tão perfeitos quanto os de “Sangue e Cinzas”, mas uma coisa é melhor: Ash, o nosso Primal da Morte. Eu adoro o Hawke, de verdade, mas várias vezes eu fiquei com vontade de bater nele ao longo dos livros, por conta de algumas atitudes erradas que tomou, mas o Ash simplesmente não erra, Brasil. Ele consegue ser tão lindo, tão gostoso, tão cadelinha quanto o Hawke, mas sem me irritar, por isso achei o livro melhor. É isso, simplesmente isso!

Sinopse:
Duzentos anos atrás, com o objetivo de salvar o reino de Lasania da Devastação, o Rei Roderick Mierel fez um acordo com o Primordial da Morte em troca da primeira filha da linhagem Mierel. Eis que chegou a hora de pagar o preço, com o nascimento de Seraphena Mierel.
Mais do que qualquer pessoa, Seraphena sempre teve certeza de que morreria. Em seu nascimento, ela fora tocada pela vida e pela morte, então nascer sob uma mortalha era prova suficiente de que sua vida não seria longa. Essa única certeza era também sua missão e seu dever: salvar o povo da terrível Devastação que recaiu sobre Lasania.
Porém, com a demora da linhagem em gerar uma herdeira, a família Mierel descobriu como quebrar o acordo a seu favor: matando o Primordial que o concedeu. Porém, matar uma criatura tão antiga e poderosa não é tarefa fácil. Por isso Sera treinou a vida inteira para as mais diversas habilidades, inclusive a da sedução, visto que a única fraqueza de um Primordial é o amor. Somente apaixonado ele se tornará fraco e vulnerável o suficiente para que Sera possa cumprir seu destino.
Mas um ser tão poderoso se renderá aos encantos de Sera? Afinal, ele é o temido Primordial da Morte. E quanto a ela, será capaz de seguir adiante com o plano de se tornar sua Consorte e matá-lo?
Se você se encantou com Poppy e Casteel, prepare-se para se render a Sera e Nyktos!
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1 – Under the Oak Tree, Kim Suji
De verdade, eu nunca achei que um livro fosse superar ACOTAR para mim, mas após cinco anos, finalmente tenho um novo livro favorito da vida. Aqui nós acompanhamos a história da Maxi, a jovem filha de um duque que foi abusada a vida inteira pelo pai, que a espancava e a ofendia constantemente por vergonha da sua gagueira. Um certo dia, o rei convoca o duque para reunir seus cavaleiros e ir numa expedição para matar um dragão. Para escapar dessa responsabilidade, o rei força Riftan, um poderoso cavaleiro conhecido pela habilidade em matar monstros, a se casar com Maxi e, assim, ir na expedição no lugar dele. Maxi e Riftan passam a noite de núpcias juntos e, na manhã seguinte, ele parte em busca do dragão. Contrariando as expectativas, ele realmente consegue matar a temida criatura e, três anos depois, volta para buscar Maxi e levá-la para seu feudo para que possam iniciar de fato a vida de casados. O que Maxi não imagina é que Riftan cresceu como um criado na casa do pai dela e foi apaixonado por ela a vida inteira.
Eu tenho plena consciência de que “Under the Oak Tree” não é um livro que vai agradar todo mundo. Nós temos dois protagonistas extremamente inseguros e que sofrem com um absurdo complexo de inferioridade em relação um ao outro (a Maxi por conta dos abusos do pai, que a fez se sentir um lixo inútil e indesejado a vida toda; e o Riftan, por ser um bastardo de origem humilde que não se sente à altura de uma dama nobre como a Maxi), e pior, nenhum dos dois é do tipo que fala abertamente sobre seus sentimentos, então os diálogos demoram a acontecer. Sabe aqueles problemas que poderiam ser resolvidos com uma conversa franca? Então, tem muitos desentendimentos desses. O desenvolvimento da história é lento e nem todo mundo tem paciência para esperar, mas para mim isso é um ponto positivo, porque torna a evolução da Maxi muito mais plausível. Na minha cabeça, não faz sentido ela chegar completamente insegura e medrosa na vida do Riftan e, no dia seguinte, virar uma mulher confiante, que fala tudo que pensa e peita todo mundo. Esse é um processo difícil, doloroso e que acontece aos poucos, mas eu vibrei a cada passo, a cada conquista dela. Outra coisa é que “Under the Oak Tree” é um livro inspirado na Europa medieval, e o Riftan é um homem medieval, então ele acaba sendo irritante durante boa parte do tempo. O bicho é mandão e mais rosna do que fala, não faltaram vezes em que desejei entrar na história e dar uns tapas na fuça dele pra aprender como falar direito com uma mulher. No entanto, a verdade é que sou completamente apaixonada por esse homem. Ele ama tanto a Maxi e cuida dela de uma forma tão bonita, é de longe o personagem masculino mais cadelinha que já li na vida. As cenas fofas compensam totalmente a raiva que a gente passa. O Riftan ama dar presentes pra Maxi e faz tudo, absolutamente tudo, pensando na felicidade dela. Ele erra muito, mas sempre tentando acertar. Na cabeça dele, é a riqueza, o luxo e os eventos grandiosos que farão a Maxi alegre, porém o que realmente a faz feliz e realizada é estar ao lado dele, mesmo à custa da própria segurança. Eles passam por muitos momentos dolorosos até o Riftan aceitar que a Maxi não é um vaso de porcelana que quebra fácil, e é a evolução desse romance que tornou “Under the Oak Tree” o meu livro favorito da vida. Como eu disse, nem todo mundo vai ter paciência de esperar por esse desenvolvimento, mas quem prosseguir na leitura vai ser recompensado com a mais linda história de amor que já conheci.

Sinopse:
Maximilian (Maxi), a filha mais velha da família Croix, cresce sendo abusada por seu pai. Como consequência do trauma físico e mental, ela desenvolve um complexo de inferioridade paralisante sobre sua gagueira e sua aparência física, bem como uma falta geral de auto-respeito.
Quando o pai de Maxi, o duque de Croix, recebe uma ordem real do rei para lutar contra o Dragão Vermelho Sektor, ele decide casar sua filha com Riftan Calypse, um cavaleiro camponês. O plano do duque de Croix é transferir suas responsabilidades marciais para o genro. Maxi se vê forçada a se casar com um homem que ela mal conhece. Os recém-casados passam a primeira noite juntos, mas se separam imediatamente quando Riftan parte para a guerra na manhã seguinte.
Avançando rápido para três anos depois, o casal se reúne quando Riftan volta à cidade para comemorar sua vitória na guerra. Embora os dois tenham passado apenas uma noite juntos e Riftan seja um estranho para Maxi, ela teme que ele queira se divorciar dela, pois o divórcio significaria uma sentença de morte para a jovem.
Quais são as intenções de Riftan? Maxi encontrará forças para superar seu trauma e falta de autoconfiança? O casal sobreviverá e encontrará o amor contra todas as probabilidades?
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E essa é a minha listinha, agora me contem: qual o melhor livro que vocês leram em 2022? 🤔
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