Oi, meus amores! Tudo bem? ❤
Vim trazer a resenha de “Reino de Cinzas”, o último volume da saga “Trono de Vidro” e também o segundo melhor livro que li na vida (“Corte de Névoa e Fúria” é insuperável para mim). Não custa lembrar que aqui terá spoilers de tudo que aconteceu antes, então fiquem avisados. Todos os livros da série já foram resenhados no blog, cliquem aqui para conferir caso ainda não tenham visto.

Sinopse:
“Reino de Cinzas” é a conclusão épica e inesquecível da série “Trono de Vidro”.
Aelin arriscou tudo para salvar seu povo, mas isso pode não ter sido suficiente. Capturada pela rainha sombria e trancada em um caixão de ferro, Aelin luta para permanecer forte e resistir às torturas de Maeve, pois sabe que a sobrevivência de seu povo depende disso.
Embora tenha resistido por vários meses, sua determinação começa a diminuir a cada dia que passa. Em Terrasen, Aedion, Lysandra e seus aliados se esforçam para conter a ameaça iminente, porém a força dessa aliança pode não ser o suficiente para barrar as hordas de Erawan e proteger Terrasen da destruição total.
Espalhados pelo continente, Chaol, Manon e Dorian precisam correr contra o tempo para encontrar seus destinos. Toda esperança de salvação – e de um mundo melhor – encontra-se por um fio.
E do outro lado do oceano, com seus companheiros inabaláveis, Rowan luta para encontrar sua parceira e rainha capturada – antes que a perca para sempre.
A batalha final se aproxima, todos devem se reunir em Terrasen, para uma última tentativa de vencer a guerra contra Maeve, Erawan e os valg. Seus finais felizes estão à vista se eles puderem aguentar o tempo suficiente para alcançá-los.
Sarah J. Maas fez um trabalho fantástico nesta edição final, amarrando todos os locais do mapa que ela teceu ao longo de todos os livros. A autora criou habilmente uma movimentação pelos campos de batalha, levando em consideração a rota, o relevo e o clima, fazendo com que seu universo emergisse de forma viva e realista. Maas construiu uma saga impecável, seus personagens complexos e únicos contribuem para tornar a série simplesmente inesquecível. Aelin Galathynius é uma protagonista forte e inspiradora. Em “Trono de Vidro”, como Celaena Sardothien, é uma jovem mal-humorada e brilhante, mas quebrada. Ao final da saga, ela está de pé, corajosa e independente. “Reino de Cinzas” é o fechamento perfeito e completo, sem pontas soltas, para uma aventura memorável.
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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟
Os finais de “Império de Tempestades” e “Torre do Alvorecer” deixaram tanta coisa em aberto, que “Reino de Cinzas” tinha tudo para dar errado. Quem é que nunca viu um autor deixar tudo para resolver no último livro e no fim precisar correr com as coisas ou simplesmente deixar um monte de pontas soltas? Pois isso não aconteceu aqui, foram as 938 páginas mais bem aproveitadas da história.
Em “Reino de Cinzas”, sentimos como se os personagens que amamos fossem peças em um gigantesco tabuleiro de xadrez, e Sarah J. Maas os move sem pressa, deixando a gente agoniada para saber aonde tudo vai dar e quem vai estar vivo ao final para contar a história. E podem esperar, que sacrifícios serão feitos. Não são apenas um ou dois momentos devastadores, mas vários. Preparem-se para ter o coração partido em diversos pontos da leitura!
Rowan se une a Lorcan, Elide e Gavriel na busca por Aelin, que foi levada pela Maeve para sabem os deuses onde para ser torturada pelo mais cruel de seus subordinados. Eu imaginava que eles a encontrariam e a libertariam rápido para dar seguimento ao monte de tretas que tinham que resolver, mas não, isso leva bem mais tempo do que eu esperava. Acho que nem preciso dizer o quanto foi doloroso ver minha rainha vadia cuspidora de fogo sendo quebrada nas mãos daquele monstro, enquanto meu lobinho assistia tudo impotentemente.
Não sei nem dizer se sofri mais pela Aelin ou pelo Fenrys, mas, apesar de tudo, fiquei feliz que eles estivessem juntos, dando força um ao outro quando estavam prestes a desistir. Foi tão linda a forma como a Sarah J. Maas construiu a relação de parceria entre eles, acho que, ao final, estavam tão próximos quanto a Aelin é do Rowan mesmo (inclusive, pausa para dizer que não me conformo que esse homem não tenha recebido um par romântico. O bichinho merecia, coitado!). O que me consola nisso tudo é que a vingança foi deliciosa, meu lado sádico até queria ter visto em detalhes o que aconteceu (Ramsay Bolton curtiu esse comentário).
Algo que eu amei foi que toda a equipe teve um papel importante na libertação da Aelin, mesmo a Elide, que, por ser humana, poderia facilmente ter ficado de escanteio. Ela realmente é uma das minhas personagens favoritas. Não tem nenhum poder, propriamente dito, mas sua inteligência e sua esperteza compensam isso com sobra. Foi duro vê-la afastada do Lorcan, mas o momento em que decide perdoá-lo e lutar por ele é um dos mais impactantes do livro. Me arrepio só de lembrar toda a sequência da cena.
Manon precisa encontrar as crochan e convencê-las a aceitá-la como rainha, o que acaba se revelando mais difícil do que ela esperava. A jornada de crescimento da nossa bruxinha é uma das melhores da série, mas também uma das mais dolorosas. É impossível não chorar com o desenrolar de alguns acontecimentos, mas Manon não está sozinha nessa, Dorian está com ela. E falando em personagem que cresceu ao longo dos livros, acho que ninguém supera nosso principezinho, que começou a história como um garoto privilegiado, com poucas preocupações na vida, e terminou como um rei sombrio e super poderoso. Vocês não têm noção do que esse homem faz nesse livro, acho que é de longe o personagem que mais me surpreendeu. A missão dele é uma das mais difíceis, na minha opinião: encontrar e recuperar a última chave de Wyrd, mas ele dá conta com maestria.
Aedion e Lysandra precisam segurar o exército de Erawan e defender Terrasen enquanto a ajuda não chega, isso enquanto a metamorfa tenta convencer seus aliados de que é a Aelin. Eles têm as cenas mais angustiantes do livro, perdi a conta de quantas vezes as esperanças pareciam completamente perdidas e do quão perto estiveram da morte, da qual sempre escapavam por um fio com a chegada de novos aliados. E podem se preparar para passar raiva com o Aedion, ele toma atitudes que fazem a gente querer arrastar a cara dele no asfalto, mas confesso que consegui entender razoavelmente seus motivos e perdoá-lo no final. Já a Lysandra é uma rainha sem defeitos, que pisou foi pouco. Amo muito essa mulher!
Chaol precisa levar o exército do Khagan e as curandeiras até Terrasen, para a batalha final contra o exército valg, mas ele acaba precisando fazer um desvio no percurso quando descobre que Erawan mandou uma legião para Anielle. Isso o coloca em rota de colisão com o próprio pai, a quem não vê desde que quebrou sua promessa e ficou em Adarlan para ajudar o Dorian, lá no final de “Herdeira do Fogo”. E com ele está Yrene, sua esposa, que tem um papel fundamental a desempenhar na história. Me surpreendi muito com a escolha da Sarah J. Maas para a personagem, foi algo bem inesperado, mas que simplesmente adorei, afinal qual o sentido de criar tantos personagens incríveis se ficar nas mãos de uma única pessoa resolver tudo? Senti falta de ver mais da Nesryn e do Sartaq, mas eles têm alguns momentos fofos que serviram para aquecer nosso coração e mostrar que estavam ali, fazendo a parte deles na guerra.
“Reino de Cinzas” foi realmente um desfecho épico, com tudo que podíamos esperar e desejar ao longo dessa longa jornada através de oito livros envolventes e viciantes que nos fizeram rir e chorar, que nos divertiram e nos emocionaram, que nos apresentaram a personagens apaixonantes e odiosos e a um universo tão incrível que com certeza deixará saudades no peito de quem desbravou essas 4696 páginas e chegou até o final. Terminamos a leitura com um gosto de quero, PRECISO de mais, mas é o que temos por ora e precisamos nos conformar. Leiam, simplesmente leiam, tenho certeza de que não irão se arrepender!
E por enquanto é isso, meus amores! Agora me contem: qual o livro ou a saga que vocês nunca superaram o fato de que realmente acabou? 🤔
5 comentários sobre “Resenha: Reino de Cinzas (Trono de Vidro #6), Sarah J. Maas”