Resenha: Casa de Terra e Sangue (Cidade da Lua Crescente #1), Sarah J. Mass

Oi, meus amores! Tudo bem com vocês? Finalmente terminei de ler esta lindeza de livro e vim contar pra vocês tudinho o que eu achei! ❤️

Sinopse:

A autora #1 do New York Times Sarah J. Maas lança sua novíssima série Cidade da Lua Crescente. Neste primeiro volume, “Casa de Terra e Sangue”, conhecemos a história da semifeérica Bryce Quinlan, que busca vingança em um mundo de fantasia contemporâneo repleto de magia, perigo e romance abrasador.

Bryce Quinlan tinha a vida perfeita – trabalhava duro o dia todo e festejava noite adentro –, até que um demônio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demônio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos.

Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um dia tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objetivo: assassinar – sem perguntas – os inimigos do seu chefe. Mas com um demônio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance.

Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente – que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem.

Com personagens inesquecíveis, romance ardente e um suspense eletrizante a cada virar de página, “Casa de Terra e Sangue” é o primeiro volume da nova série de fantasia da autora best-seller nº 1 do New York Times, Sarah J. Maas. Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, Sarah é um fenômeno. Vencedora de três prêmios literários em anos consecutivos, a autora possui uma legião de fãs apaixonados. Agora, estreia brilhantemente no universo da ficção new adult.

Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟

A Sarah J. Mass é minha autora favorita da vida, mas depois de ver tantas resenhas negativas sobre “Casa de Terra e Sangue”, confesso que iniciei a leitura com um pé atrás, e o começo lento, cheio de informações e descrições sobre o mundo, as hierarquias etc., além de uma protagonista extremamente chata, contribuíram para o medo de que eu realmente não fosse gostar; e isso durou até o final da primeira parte, porém, depois disso, a leitura deslanchou de uma forma que rapidamente me viciou e me prendeu até a última página. Aqui temos tudo o que podemos esperar de uma obra da autora: romance, mistério, drama, reviravoltas, cenas épicas de batalha e aquele frio na barriga provocado pela sensação de que as coisas podem se complicar a qualquer momento (e se complicam mesmo), enfim… É um livro completo em todos os sentidos.

A construção do universo é sensacional. A história se passa num ambiente urbano e moderno, cheio de casas, prédios de apartamentos, lojas, boates, galerias de arte, clínicas, enfim… nada muito diferente das grandes cidades que conhecemos, exceto por um detalhe: os seres que habitam ali. Temos todos os tipos de criaturas que vocês puderem imaginar: anjos, demônios, sereias, bruxas, metamorfos, vampiros, duendes e, é claro, os feéricos e humanos que a gente já conhece das demais obras da Sarah, entre outros. A princípio, tive a ilusão de estar numa realidade mais “fácil” que a de outras séries da autora, mas logo esse mundo se revelou tão brutal e cruel quanto Prythian e Erilea. Eu simplesmente amei conhecer cada detalhe de Lunathion (ou Cidade da Lua Crescente, como diz o título da série), ainda que, como eu avisei, seja um tanto cansativo e confuso no começo. Mas quem gosta de fantasia, vai se encontrar nesta história, porque diferentemente de outros livros da Sarah, que às vezes demoram a apresentar o elemento fantástico, aqui ele está presente desde a primeira página.

Neste mundo, também temos um sistema complexo de hierarquias, que vou tentar explicar mais ou menos como funciona. O planeta se chama Midgard e é governado pelos seis asteri, seres imortais (e eles parecem ser imortais mesmo, diferentemente do conceito de imortalidade que a Sarah usa para os feéricos, por exemplo, que apenas têm uma vida muito longa, mas em algum momento precisam fazer a passagem. Aparentemente, os asteri só morrem se forem assassinados ou mortos em combate, já que têm pelo menos 15 mil anos no começo da história) e praticamente invencíveis (eu disse praticamente, porque eles eram em sete, mas um deles foi assassinado no passado; só que nunca  mais perderam uma batalha desde então – e lá se vão milhares e milhares de anos) que possuem o poder de uma estrela sagrada. Os asteri criaram os malakim (anjos e arcanjos), e dez deles comandam os vários territórios de Midgard, ostentando o título de governador e precisando se reportar apenas aos asteri. Quem comanda Valbara, o território onde fica Lunathion, é o Mycah. Em Lunathion, existem seis mestres inferiores que comandam diferentes partes da cidade e devem se submeter à autoridade do governador. Simplificando: os asteri são praticamente deuses que governam o planeta a seu bel prazer; os governadores são escolhidos pelos asteri e têm autonomia completa sobre os territórios que comandam; e dentro de cada território existem líderes menores que devem obediência ao governador.

Nem todo mundo concorda com a hierarquia rígida e o governo totalitário e injusto dos asteri, principalmente os humanos e os mestiços, que sofrem muito preconceito e são tratados como escória pelos vanir (ah sim, os vanir são basicamente todo mundo que não é humano e nem animal comum). Por causa disso, acontecem rebeliões e levantes que são combatidos impiedosamente pelos asteri. E é legal prestar atenção nessa parte, mesmo ela não sendo tão importante neste primeiro livro, porque conhecendo a dona Sarah como conheço, isso deve ganhar cada vez mais relevância nos próximos volumes da série.

Acabei falando demais, mas acho interessante apresentar um pouco do universo em que “Casa de Terra e Sangue” se passa, porque é algo que demorei um pouco a entender e tornou o começo da leitura meio maçante e complicado. Preferiria ter começado o livro já sabendo como as coisas funcionavam e podendo aproveitar a trama principal sem precisar me atentar a tantos detalhes.

Agora, partindo pra história em si, em “Casa de Terra e Sangue” somos apresentados a Bryce Quinlan, uma garota de 23 anos meio humana e meio feérica que adora se divertir ao máximo no seu tempo livre, quando não está na galeria de arte onde trabalha. Baladeira de carteirinha, ela ama dançar, beber, usar drogas e fazer sexo descompromissado. Confesso que esse não é um perfil de personagem que me agrade tanto, por isso demorei um pouco a gostar da protagonista, mas, como em outros livros da Sarah, Bryce acaba se revelando muito mais complexa do que parece à primeira vista e evolui bastante com o avançar das páginas.

Um acontecimento trágico e terrível acaba marcando e mudando Bryce para sempre, e, dois anos depois, encontramos uma personagem bem diferente da que vemos no início do livro. E conforme fui conhecendo melhor a Bryce, ela foi me ganhando, me ganhando e, quando percebi, já estava completamente apaixonada por ela. Nunca vou me cansar de enaltecer a forma maravilhosa como a Sarah constrói seus personagens, dando diversas camadas a eles e os tornando extremamente humanos, com qualidades e defeitos como qualquer um de nós. No caso da Bryce, além da baladeira irreverente, acabamos descobrindo uma mulher de coração imenso, altruísta, generosa, uma amiga leal e uma companheira para todas as horas.

As circunstâncias acabam ligando o caminho de Bryce ao de Hunt, um anjo caído que, duzentos anos antes do começo da história, juntou-se a uma rebelião que terminou em fracasso. Por conta disso, ele acabou tornando-se escravo, mas um acordo com seu atual dono coloca-o mais próximo do que nunca de conquistar a liberdade.

Diferentemente da Bryce, o Hunt me conquistou desde o início. Macho da Sarah, né, mores? Nem preciso falar nada, só amo! É um personagem sério, fechado, com uma história tão sofrida, que diversas vezes quis colocar num potinho. Uma cena, em especial, me fez chorar igual um bebê desmamado. Duvido que vocês não se emocionem também… E que não vão sendo cativados por cada faceta que o Hunt vai revelando ao longo da história.

Nem preciso dizer que, em algum momento, a Bryce e o Hunt acabarão se envolvendo um com o outro, né? Sarah J. Mass sempre coloca romances em suas obras, e eu adoro como eles nunca roubam o espaço da trama principal, o que se mostra verdade aqui também. Amei a evolução deste relacionamento. Quem já leu outros livros da autora, sabe que ela nunca entrega um romance rápido e um amor instantâneo (se ela entregar, podem abrir os olhos, porque vem tombo pela frente. Certeza!), ela realmente desenvolve as coisas. E aqui começamos num gato e rato que acaba evoluindo pra uma amizade muito forte, bonita e sincera, que só então dá origem a outros sentimentos mais… intensos, por assim dizer. Quem já leu “Corte de Névoa e Fúria”, tem noção de como a Sarah sabe nos fazer sofrer com um casal, e isso acontece muito aqui. Não falo mais nada, vão ter que ler para descobrir o que acontece…

Temos mais representatividade também. Ainda não é o ideal, mas a Sarah vem melhorando nesse aspecto. A história manteve o foco na Bryce e no Hunt, aí os personagens secundários, incluindo os representativos, acabaram tendo um destaque menor, mas tudo indica que isso deve mudar nos próximos volumes. As melhores amigas da Bryce são uma negra e outra de feições orientais, e as duas formam um casal. E além delas, temos uma outra personagem negra que teve um papel crucial neste primeiro livro e, ao que parece, será o interesse amoroso de outro personagem extremamente relevante, o que também deve aumentar sua participação na história. Sabemos que a união e a amizade femininas são partes importantes das tramas da autora, então só devemos aguardar para ver como ela trabalhará isso no futuro.

E é isso, meus amores! Acho que já dei razões de sobra pra vocês se jogarem neste livraço. Leiam sem medo e tirem suas próprias conclusões sobre a história! E não deixem de voltar aqui para me contar o que acharam da leitura, combinado? Obrigada pela visita, beijos e até o próximo post! 😘😘😘

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11 comentários sobre “Resenha: Casa de Terra e Sangue (Cidade da Lua Crescente #1), Sarah J. Mass

  1. Nossaaa, muito obrigada, eu comecei o livro há 3 dias e tava tão perdida kkkkkkk, ler sua resenha ajudou MUITO a entender o universo. Ameeei, tô esperando gostar tanto quanto você.
    Tô na pág 200 e já amo a Bryce e o Hunt! ❤

    Curtido por 1 pessoa

    1. Menina, fico muito feliz de ter ajudado, de verdade. Eu levei mais de uma semana pra ler os primeiros 5/6 capítulos do livro justamente por estar perdidaça, por isso resolvi dar uma explicada nas coisas. SJM complicou demais aqui. Mas continue lendo, torço muito pra vc amar! Bryce e Hunt são maravilhosos!
      Quando terminar, vem cá me contar o que achou ❤️

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