
Oi, meus amores! Tudo bem com vocês? ❤
Hoje eu vim falar sobre uma duologia que trabalha problemáticas sociais importantes, como as dificuldades de ser mulher no fim do século XIX e seu papel na sociedade. Confiram a sinopse dela:
Raleigh é uma pequena cidade próspera da Cornualha, onde as minas de carvão movimentam a economia; até que uma explosão acontece e vinte homens morrem soterrados. O administrador John Monroe e o chefe das minas Marvin Hughes são acusados de sumirem com todo o dinheiro da empresa, além de explodirem a mina para se beneficiarem do dinheiro do seguro. Caberá às viúvas Gladys Monroe e Alexia Hughes provarem a inocência de seus maridos e ainda ajudarem as outras dezoito viúvas a terem um pouco de dignidade, quando a única coisa que o novo administrador da mina e o advogado por ele contratado querem é se livrar delas.
Confesso que esta não é minha série favorita das Damas do Romance, mas achei a leitura super válida pelos assuntos que aborda e por retratar a união feminina em uma época em que as mulheres praticamente não tinham voz. Saibam mais sobre cada um dos livros a seguir…
Bravura, Diane Bergher

Sinopse:
A bravura de Alexia a fez enfrentar as piores amarguras com a cabeça erguida, e, mesmo assim, nada poderia tê-la preparado para sentir a avassaladora paixão nos braços de Stanley Russel, um advogado feroz nos tribunais e ardente na cama. Mas escolhas precisam ser feitas, colocando-os de lados opostos numa batalha em que o vencedor será aquele que reconhecer primeiro o amor.
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Avaliação: 🌟🌟🌟
Meu intuito é sempre fazer resenhas sinceras, que transmitam minha real opinião acerca do que leio. Dito isso, preciso confessar que “Bravura” foi o livro que menos gostei entre os mais de vinte que li da Diane Bergher até agora. Eu não consegui me conectar muito com o casal protagonista, talvez por causa do começo da relação entre eles.
Adoro trocas de farpas, e isso foi legal até, mas aquela atração inicial não me convenceu. Não sei explicar, mas não curti vê-los partindo da briga pro beijo assim do nada. Aliás, um beijo roubado que achei completamente despropositado no contexto em que ocorreu. A Alexia não morria de amores pelo marido, mas ela tinha acabado de ficar viúva (dois meses é pouquíssimo tempo, na minha opinião), não acho que corresponderia a um homem que detestava até aquele momento. E não achei uma atitude muito honrada do Stanley roubar um beijo de uma mulher enlutada, por mais exasperante que ela fosse e por pior que fosse a opinião que tinha acerca do falecido marido.
Por outro lado, como mencionei anteriormente, eu gostei muito dos temas trabalhados na história. As autoras conseguiram mostrar bem como era difícil ser mulher naquela época, principalmente quando estavam numa condição vulnerável como a viuvez, afinal as mulheres eram ensinadas a buscar um marido de quem dependeriam em tudo, mas o que fazer quando o perdiam, especialmente em condições inesperadas como a abordada na trama? Além disso, vemos a importância da conquista dos direitos trabalhistas que temos hoje. É claro que não é o ideal ainda, mas foi um avanço enorme se comparado ao que existia anteriormente.
Além disso, gostei muito da nossa mocinha. Alexia é uma mulher forte e admirável, que sempre soube se virar bem, por mais difíceis que fossem as condições de sua vida. Ela cresceu sozinha num orfanato, mesmo vindo de uma família aristocrática que sabia de sua existência e, inclusive, custeou sua estadia no estabelecimento. Ali, Alexia adquiriu gosto pela costura, e poderia ter tido uma carreira promissora no mundo da moda, se não tivesse se apaixonado por Marvin e pela ideia de formar uma família com ele. Ainda assim, ela conseguiu conciliar suas duas paixões, sendo uma dona de casa e mãe exemplar (depois de várias abortos, teve uma garotinha linda) e também abrindo um armarinho para vender suas criações. E quando perdeu o marido, ainda encontrou tempo para se juntar às demais viúvas e lutar por uma indenização justa para as mulheres que ficaram desamparadas após perderem seus companheiros de forma tão trágica.
Stanley também tem uma história difícil, tendo perdido o pai de forma trágica muito jovem, o que levou a mãe a virar prostituta para poder dar uma vida digna ao filho, mas conseguiu vencer na vida com muito trabalho duro e o apoio de um amante influente da mãe. Isso e uma grande decepção amorosa o tornaram um homem duro e, muitas vezes, insensível aos problemas dos outros. Só que conhecer Alexia irremediavelmente mudará sua forma de ver as coisas…
Coragem, Flávia Padula

Sinopse:
Gladys precisará de toda a coragem que tem para erguer-se diante da tragédia e dos limites sociais impostos às mulheres. E mais ainda, ela terá de ter força para enfrentar os estranhos anseios de seu coração quando Logan Cantrell a desperta para a mais ardente paixão.
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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟
“Coragem” é um livro que eu gostei muito. Assim como em “Bravura”, temos uma mocinha muito forte e incrível. Gladys é uma mulher super inteligente e à frente do seu tempo. Filha de professores, seu sonho sempre foi frequentar a universidade, e, com a influência de seu pai, ela chegou a ser aceita na faculdade. No entanto, esse sonho foi por água abaixo quando um terrível acidente provocou a morte de seus genitores, e um tio, que tornou-se seu tutor, obrigou-a a se casar com John Monroe, um homem medíocre e incapaz de despertar qualquer interesse mais profundo na esposa.
Gladys conciliava bem a vida de dona de casa com um trabalho de secretária no jornal da cidade em que vivem, mas o dissabor com seu destino fez com que virasse uma mulher fria, uma verdadeira pedra de gelo. A morte de John a tornou novamente uma mulher livre e, se fosse uma dondoca fútil, estaria feita, afinal tem tudo o que alguém de seu gênero poderia desejar: juventude, beleza e riqueza, porém, em vez de “desfrutar” de tudo isso, escolhe se juntar às demais viúvas do acidente na mina e lutar por uma reparação justa (ou o mais perto disso que a lei inglesa da época permitia) para as mulheres que, diferentemente dela, ficaram completamente desamparadas após a morte de seus companheiros. Isso a coloca em rota de colisão com Logan Cantrell, o administrador contratado para substituir seu marido, que, como vimos em “Bravura”, acredita piamente que a explosão tenha sido provocada em vez de um mero acidente.
Diferentemente do que aconteceu no livro anterior, eu curti muito o romance desenvolvido aqui. Existe o cão e gato, mas as coisas entre o casal não se desenrolam tão depressa. Tivemos uma passagem de tempo após o acidente, o que permitiu que “os ânimos se esfriassem” antes que Logan e Gladys se envolvessem um com o outro, e os motivos pelos quais ele acredita na culpa do marido dela são bem explicados. Inclusive, finalmente temos a resolução desse mistério e a decisão sobre o destino das viúvas.
Em “Coragem”, também é explorada a relação conturbada do Logan com a família. Não vou dar spoiler, mas esses parentes são complicados. A presença deles causou uma movimentação que eu não esperava na história.
Enfim, foi uma leitura bem satisfatória e que eu recomendo com certeza!
E é isso, meus amores! Não deixem de me contar o que acharam de conhecer esta série que, em breve, ganhará edição física pela editora Sonho de Livro ou, se já leram, como foi a experiência de vocês. Obrigada pela visita, beijos e até o próximo post! 😘😘😘
P.S.: se quiserem conferir as resenhas das demais séries publicadas pelas Damas do Romance, cliquem aqui.
Não conhecia as histórias, mas gosto bastante desse tipo de abordagem. Saber que são romances que falam bastante sobre essa questão da luta feminina por seus direitos, também me animou bastante em conhecer essa história.
Ótimo post!
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Olá, seja bem-vinda a este cantinho!
E sim, menina, eu acho super importante obras que mostram a luta da mulher por seus direitos ao longo do tempo. São super importantes para valorizarmos cada vez mais o que temos hoje e ainda ver que, apesar de tudo, ainda temos muito a conquistar.
Tomara que goste da leitura!
Obrigada pelo comentário, beijos!
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