Oi, meus amores! Tudo bem com vocês? Eu vim trazer a resenha de um romance de época muito especial e diferente do que normalmente vemos por aí. Espero que gostem! ❤

Sinopse:

Candice tem duas grandes paixões: seu cavalo Alazão e seu incrivelmente atraente noivo. Não necessariamente nessa ordem.
Há um motivo especial para ela ter sido batizada com esse nome, e especial também é o seu sentimento por Pedro. Bem, na verdade, vai muito além disso: o desejo ardente queima em seu peito desde muito antes de ele viajar a negócios para a Inglaterra, deixando-a cheia de expectativas para com o seu retorno.
Na ausência de seu prometido, um infortúnio acontece na vida de Candice, provocando uma sucessão de tragédias irreparáveis.
É por essa razão que ela é internada em uma cidade distante, a fim de se reestabelecer para o casamento. Lá, a jovem dama descobre sua terceira paixão: a leitura de romances.
Neste ínterim, acontece uma nova reviravolta em seu destino, e o que era para ser uma curta temporada se torna muito mais do que isso.
Eis que, então, surge em sua vida um belo, elegante e misterioso cavalheiro inglês que parece ter saído diretamente de um dos romances que ela costuma ler. No entanto, o Dr. Tony Cavendish se mostra muito mais real do que Candice imagina. E talvez ele seja Real até demais…
Uma história dramática, quente e divertida, que transita entre o Brasil Império e a Inglaterra Vitoriana.

Sobre a série: “Damas Imperiais & Nobres Vitorianos” conta, entre noveletas e romances INDEPENDENTES, histórias de mulheres do Brasil Imperial que, por empurrão do destino, têm suas vidas entrelaçadas às de nobres ingleses.
Cada uma delas embarcará para algum lugar da Inglaterra da Rainha Vitória: Bath, Londres, Winchester, Yorkshire.
Elas são fortes, tenazes, e nem mesmo as convenções sociais do século XIX poderão impedi-las de escrever suas histórias de amor. Caso elas assim desejarem.

Livro 1: O Visconde que se Esconde.
Livro 2: Um Marquês Nada Cortês.
Livro 3: O Barão que Disse Não.

Avaliação: 🌟🌟🌟🌟

Apesar do título – que, a propósito, é um baita spoiler da história –, “O Visconde que se Esconde” é focado totalmente na jornada da nossa heroína, Candice (lê-se da exata forma que se escreve) Henriques, e certo visconde é um mero coadjuvante em sua história, ainda que um coadjuvante lindo e extremamente cativante, pelo qual é impossível não se encantar (aliás, vou aproveitar para fazer minha única reclamação sobre o livro, que diz respeito à forma como Candice lidou com ele a certa altura da trama, o que me fez ficar com uma raivinha dela. Meu neném não merecia ser tratado daquela forma!). Esclarecimento feito, bora falar um pouco sobre a história…

Conhecemos Candice como uma jovem extremamente privilegiada, que não possui qualquer preocupação verdadeira na vida e, justamente por isso, tornou-se mimada, impulsiva e egoísta, tomando decisões sem levar em conta qualquer opinião que não a sua. A frase que abre o livro, retirada de “Emma”, romance escrito por Jane Austen (inclusive, podem esperar muitas referências às obras da autora. Katherine Salles é uma janeite de carteirinha e não perde a oportunidade de fazer alguma menção a ela), a define bem a essa altura da história: “Bonita, inteligente e rica, com uma casa confortável e bem localizada, parecia reunir as melhores bênçãos sobre a sua existência e vivera até perto dos vinte e um anos em ambiente no qual havia pouquíssima aflição ou preocupação”. Mas sabe quando dizem que o mundo não gira, capota? Essa frase nunca se aplicou tão bem como ao que acontece à Candice.

Praticamente da noite para o dia, a vida da nossa mocinha vira do avesso, após uma sequência de tragédias e reviravoltas que, acho, só poderia ser pior caso o sobrenome dela fosse Stark, e não Henriques (desculpem a piadinha besta com “As Crônicas de Gelo e Fogo”, mas é porque faz total sentido, como comprovarão por si mesmos caso deem uma chance à história). Não vou dar detalhes, porque, na minha opinião, seria spoiler demais (eu fui surpreendida enquanto lia e acho que a leitura de vocês também será mais interessante caso tenham a mesma surpresa), basta dizer que ela é obrigada a deixar o mundo que conhece para trás e partir para Campos do Jordão (licença poética da autora, uma vez que a cidade ainda não havia sido fundada no ano em que a história se passa), uma espécie de Bath brasileira, a fim de tratar uma doença que a acomete repentinamente. Ali Candice descobrirá que o mundo real não é cor-de-rosa como sempre imaginou, mas também amadurecerá como mulher e descobrirá em si uma força que nunca imaginou que possuía, além de aprender o valor da amizade e do amor verdadeiros.

Eu já tinha lido muitos livros da Katherine Salles antes de “O Visconde que se Esconde”, mas ainda não tinha experiência com os romances clássicos pelos quais ela é tão apaixonada, mas agora que li alguns deles, comecei a entender de onde vem o estilo de escrita da autora. Quando pegarem alguma obra dela, podem esperar uma história mais longa (exceto os contos e novelas), que flui mais lentamente (exceto as reviravoltas iniciais, no caso específico deste livro) e é cheia de diálogos e de descrições de acontecimentos do dia a dia (quem leu Jane Austen, sabe como é), além de um romance mais “suave” (com isso quero dizer sem cenas apimentadas), mas tudo super bem escrito e com uma construção primorosa dos personagens e da narrativa, em que jamais ficarão pontas soltas ao final. Se curtem esse tipo de livro, joguem-se nele agora mesmo e apaixonem-se perdidamente por Candice e Tony. Está mais do que recomendado, mal posso esperar pelos próximos volumes da série!

Disponível em e-book na Amazon: https://amzn.to/3c4j7T3.

E aí, já conheciam essa história? Se não, gostaram de conhecer? Ficaram com vontade de ler? Contem tudinho para mim, estou doida para trocar ideias com vocês. Obrigada por lerem até aqui, beijos e até o próximo post! 😘😘😘