Resenha: Os Números do Amor, Sarah MacLean

Oi, meus amores! Tudo bem com vocês? ❤

Eu sempre tive o hábito de passar horas folheando livros em livrarias e bibliotecas, fazendo uma espécie de leitura dinâmica das histórias. Foi assim que, no ano passado, acabei conhecendo “Entre a Ruína e a Paixão”, o terceiro volume da série “O Clube dos Canalhas”. E, nossa, eu amei demais! Foi difícil me segurar pra ler a série toda, o único motivo pelo qual consegui foi porque descobri que “Os Números do Amor” vinha antes, e eu não estava tão a fim assim de lê-la naquele momento. No entanto, quando “O Clube dos Canalhas” foi a série mais votada para a segunda edição do “Projeto Lendo Romances de Época”, organizado pela Paola do ig @SonhandoHistorias, vi que finalmente tinha chegado a hora de ler essa série. E, gente, que trilogia maravilhosa!

“Os Números do Amor” é protagonizada por três irmãos bem diferentes entre si: Gabriel e Nicholas St. John, gêmeos deliciosos, sendo o primeiro um libertino com L maiúsculo (Anthony Bridgerton e ele seriam grandes amigos) e o segundo, um perfeito cavalheiro, e Juliana Fiori, uma italiana de sangue quente; e um é mais incrível que o outro (Nicholas é o meu favorito, não resisto a um mocinho protetor). A vida deles é marcada pelo escândalo, pois a marquesa, mãe dos três, abandonou o marido, com quem teve Gabriel e Nicholas, e foi para a Itália, onde casou-se com outro homem e gerou Juliana; mas quem pensa que a sem-vergonha sossegou, está enganado. Ela também abandonou o segundo marido e foi em busca de outras aventuras. Já dá pra ver que é uma biscate de primeira, né? E os filhos dela sofrem muito por causa disso, sobretudo Juliana, que vive tendo sua legitimidade questionada. Contudo, vou deixar para falar mais sobre cada um deles nos meus comentários acerca de seus respectivos livros. Bora conhecer essas histórias maravilindas! ❤

Nove Regras a Ignorar Antes de se Apaixonar

Sinopse:

A sonhadora Calpúrnia Hartwell sempre fez tudo exatamente como se espera de uma dama. Ainda assim, dez anos depois de ser apresentada à sociedade, ela continua solteira e assistindo sentada enquanto as jovens se divertem nos bailes. Callie trocaria qualquer coisa por uma vida de prazeres.

E por que não se arriscar se, aos 28 anos, ela já passou da idade de procurar o príncipe encantado, nunca foi uma beldade e sua reputação já não lhe fará a menor diferença? Sem nada a perder, a moça resolve listar as nove regras sociais que mais deseja quebrar, como beijar alguém apaixonadamente, fumar charuto, beber uísque, jogar em um clube para
cavalheiros e dançar todas as músicas de um baile. E depois começa a quebrá-las de fato.

Mas desafiar as convenções pode ser muito mais interessante em boa companhia, principalmente se for uma que saiba tudo sobre quebrar regras. E quem melhor que Gabriel St. John, o marquês de Ralston, para acompanhá-la? Afinal, além de charmoso e devastadoramente lindo, ele é um dos mais notórios libertinos de Londres.

Contudo, passar tanto tempo na companhia dele pode ser perigoso. Há anos Callie sonha com Gabriel e, se não tiver cuidado, pode acabar quebrando a regra mais importante de todas – a que diz que aqueles que buscam o prazer não devem se apaixonar perdidamente.

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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟

Nós conhecemos Calpúrnia Hartwell, ou melhor, Callie em sua primeira temporada. Apesar da tenra idade, ela já tem certeza de que será uma solteirona, afinal só tem atraído pretendentes nada adequados – velhos, caçadores de fortuna ou mortalmente entediantes –, aos quais não tem a menor pretensão de dar seu aceite. No entanto, ao fugir de um baile numa noite tipicamente desastrosa, acaba topando com o maior devasso da sociedade londrina, o lindo e irresistível marquês de Ralston, Gabriel St. John, o mais velho dos irmãos que protagonizam a série. Por alguns momentos, ele consegue fazer com que ela se sinta realmente especial, o que seria maravilhoso, se ele não tivesse procurado uma verdadeira beldade logo em seguida. Ainda assim, isso faz com que se torne objeto frequente dos sonhos da nossa mocinha.

Dez anos depois, vemos que a previsão de Callie se mostrou certeira, e ela de fato se tornou uma solteirona. Para piorar, sua irmã caçula, a beleza da família, conseguiu fisgar nada menos que um duque em sua primeira temporada. E o mais ultrajante de tudo, se casará por amor! Não que Callie esteja triste com a felicidade da irmã, a quem ama profundamente, mas é inevitável que se sinta frustrada com a situação e comece a se dar conta de que nunca viveu de verdade, apenas se dedicou a atender as expectativas alheias e se manter uma “dama perfeitamente respeitável”. Só que está cansada de tudo isso, que nunca a levou a lugar algum. É quando decide escrever uma lista de coisas que faria se não se preocupasse com as convenções sociais.

O primeiro item da tal lista é beijar alguém apaixonadamente, e quem melhor para isso do que o homem que permeou seus pensamentos ao longo da última década? Portanto, numa atitude impulsiva, após alguns goles de xerez, Callie acaba vestindo um capuz, tomando uma carruagem de aluguel e batendo à porta de Gabriel. Coincidentemente, ele havia acabado de descobrir a existência de uma irmã (Juliana) e precisava de alguém de reputação impecável para introduzi-la à sociedade, tarefa para a qual Callie é absolutamente perfeita. Eles fazem um acordo, então: um beijo em troca do “patrocínio” da lady à sua irmã.

Era para ser uma experiência única, mas o destino começa a colocar Gabriel no caminho de Callie o tempo todo, tornando-o praticamente um cúmplice dela em suas aventuras. E entre beijos deliciosos e amassos quentes, o marquês vai descobrindo a mulher incrível que é a nossa mocinha e, a despeito de todas as suas reservas e de todos os planos que fez para si mesmo, começa a sentir o coração bater mais forte por ela.

“Nove Regras a Ignorar Antes de se Apaixonar” é o livro mais leve e divertido da série e, embora não seja o meu favorito, costuma ser o da maioria, e eu gostei muito mesmo dessa história. Está mais do que recomendada!

Dez Formas de Fazer Um Coração se Derreter

Sinopse:

Isabel Townsend não é exatamente o que se espera da filha de um conde. Apesar de ter a pele delicada e de saber se portar como uma dama quando necessário, a jovem também monta a cavalo, conserta telhados, administra a propriedade e cria o irmão caçula desde que a mãe faleceu – tudo isso sem despertar a menor suspeita de que não há um homem sequer para cuidar de sua família.

Para o pai dela, que só queria se divertir e gastar dinheiro em jogatinas, pouco importava o que ela fizesse. Porém, quando ele morre, Isabel se vê sem recursos e precisa defender os direitos do irmão, ameaçados pela chegada iminente de um tutor. Assim, não lhe resta saída senão vender sua coleção de estátuas de mármore, o único bem que herdou.

Para sorte sua, um especialista em antiguidades acaba de chegar ao condado. Inteligente e sensual, lorde Nicholas St. John é um solteiro convicto que deixou Londres para se livrar das jovens que passaram a persegui-lo desde que foi eleito um dos melhores partidos da cidade.

Em poucos dias, fica claro para Nick que Isabel é a mulher mais obstinada e misteriosa – além da mais interessante – que já cruzou seu caminho. Ao mesmo tempo, ao conhecê-lo melhor, a independente Isabel percebe que há homens em que vale a pena confiar. Enquanto eles põem de lado suas antigas convicções, seus corações se abrem para dar uma chance ao amor.

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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟

Em “Nove Regras a Ignorar Antes de se Apaixonar”, nós conhecemos Nicholas como o irmão gêmeo divertido de Gabriel, mas aqui descobrimos que ele esconde um lado, por assim dizer, perigoso. E o personagem também possui seus traumas, e, gente, que dó que dá dele quando descobrimos o que sofreu no passado! Vontade de matar a criatura responsável por isso…

Quando um jornal feminino cria uma lista dos melhores partidos da sociedade, fazendo com que Nicholas a encabece, e dá conselhos “infalíveis” sobre a melhor forma de conquistá-los, ele começa a ser perseguido por todas as debutantes de Londres, de modo que a proposta de um duque para que localize sua irmã fujona surge como a desculpa perfeita para Nicholas deixar a cidade. O rastro da lady o leva até uma vilazinha em Yorkshire, onde seu caminho se cruzará com o da nossa mocinha.

Isabel é a filha mais velha de um conde viciado em jogos que deixou a família em péssimos lençóis ao apostar tudo que não estava atrelado ao título nas cartas (tipo, tudo mesmo, inclusive a mão da filha). E quando ele morre, deixando-a sozinha com o irmão caçula (a mãe já havia falecido antes de desgosto), ela precisa arrumar um jeito de protegê-lo e torcer para o guardião nomeado pelo lorde não dar o ar da desgraça tão cedo por ali.

Isabel criou uma “zona segura” para mulheres fugindo, seja de relacionamentos abusivos, seja da falta de oportunidades ou por terem cometido erros “imperdoáveis” na vida. Só que o dinheiro para manter o lugar funcionando está cada vez mais escasso, e a única forma que vê de conseguir mais, ainda que com imensa dor no coração, é vendendo uma coleção de estátuas gregas que ama muito.

Quando lê o jornal com a lista de lordes elegíveis, Isabel vê tudo como uma grande piada, afinal qual a chance de um deles aparecer no fim de mundo onde ela vive com o irmão? E que lorde a entenderia e apoiaria o que ela faz? No entanto, não é que Nicholas acaba surgindo por lá…

Um bom casamento também serviria para resolver os problemas financeiros nos quais está metida, mas, em vez disso, Isabel resolve aproveitar a ajuda de Nicholas em outro assunto, já que, além do melhor partido disponível na sociedade, ele também é um renomado antiquário (especialista em antiguidades) e pode ajudá-la a conseguir um comprador para suas estátuas.

A convivência fará com que sentimentos intensos comecem a surgir, uma vez que Nicholas tem uma atração irresistível por mulheres em perigo e não demora a perceber que Isabel é uma delas. Todavia, embora mostre sentir um desejo tão grande quanto o que ele próprio sente, ela está reticente em se abrir e contar as razões pelas quais guarda tantos segredos. Será que, com seu charme encantador, ele conseguirá convencê-la a se abrir? E o que Nicholas fará quando descobrir que a lady a quem busca é uma das protegidas de Isabel? Descubram lendo esse livro apaixonante, que é o meu favorito da série. Sério, é muito lindo, recomendo demais!

Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir

Sinopse:

Juliana Fiori é uma jovem ousada e impulsiva, que fala o que pensa, não faz a menor questão de ter a aprovação dos outros e, se necessário, é capaz de desferir um soco com notável precisão. Sozinha após a morte do pai, ela precisa deixar a Itália para viver com seus meios-irmãos na Inglaterra.

Ao desembarcar no novo país, sua natureza escandalosa e sua beleza estonteante fazem dela o tema favorito das fofocas da aristocracia. Pelo bem de sua recém-descoberta família britânica, Juliana se esforça para domar seu temperamento e evitar qualquer deslize que comprometa o clã. Até conhecer Simon Pearson, o magnífico duque de Leighton.

O poderoso nobre não admite nenhum tipo de escândalo e defende o título e a reputação da família com unhas e dentes. Sua arrogância acaba despertando em Juliana uma irresistível vontade de desafiá-lo e ela decide provar a ele que qualquer um – até mesmo um duque aparentemente imperturbável – pode ser levado a desobedecer as regras sociais em nome da paixão.

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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟

“Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir” é protagonizado por Juliana Fiori, a irmã que Gabriel e Nicholas descobriram que possuíam no livro “Nove Regras a Ignorar Antes de se Apaixonar” e que teve sua apresentação à sociedade patrocinada por Callie, e por Simon Pearson, o poderoso duque de Leighton, o mesmo que pediu a Nicholas que rastreasse sua irmã em “Dez Formas de Fazer Um Coração se Derreter”, mas nós o conhecíamos de antes já, por causa de uma cena super fofa na livraria no primeiro livro da série que imediatamente me fez shipá-lo com Juliana. Àquela altura, todo mundo alertou nossa mocinha de que ele não era um homem com quem ela iria querer se envolver, mas Simon foi tão gentil, tão atencioso, que foi impossível não acreditar que estavam exagerando. Mas o fato é que não estavam…

Poucas vezes, comecei um livro já com raiva do mocinho. Simon é um verdadeiro caso de amor e ódio, nem Wulf Bedwyn consegue ser tão empoado e arrogante quanto essa criatura. Dá muita dó da Juliana, pelo tanto que ela precisa se arrastar atrás desse homem, chegando a se mostrar bastante infantil na forma como deseja atrai-lo para seus jogos. Os dois tiveram um breve momento de flerte, quando ele desconhecia sua origem, e embora tenha substituído o tratamento caloroso por desdém, Juliana não consegue se esquecer do que havia sentido inicialmente e da centelha de paixão que, por fugazes instantes, tinha enxergado nos olhos dele, decidindo, então, provar que toda aquela frieza e autocontrole podem cair por terra sob o incentivo certo.

A essa altura, vocês devem estar imaginando que eu odiei o livro, mas a verdade é que eu amei. Apesar de repudiar o jeito de Simon no início da história bem como algumas de suas atitudes, como a de mandar sequestrar a própria irmã em “Dez Formas de Fazer Um Coração se Derreter” e trazê-la para casa mesmo contra sua vontade, eu adorei a jornada dele aqui. Aliás, é por causa do que aconteceu a Georgiana que ele se sente na obrigação de contrair matrimônio às pressas com a dama mais respeitável possível (sorte do Gabriel que ele já tinha laçado a Callie antes, do contrário poderia perder a chance) a fim de formar uma aliança forte para diminuir o impacto do escândalo que inevitavelmente irromperá quando descobrirem o que aconteceu à sua irmã. Para isso, Simon escolhe Penélope Marbury (já deixo no ar que ela é a mocinha de “Entre o Amor e a Vingança”, o primeiro volume de “O Clube dos Canalhas”), filha de um homem duplamente marquês e uma verdadeira lady, totalmente diferente de Juliana, mas incapaz de despertar um décimo da atração e do desejo que a espevitada italiana provoca nele.

Esperem muitas confusões e muitas reviravoltas que farão a vida do nosso duque virar de cabeça para baixo, mas também o tornarão um homem incomparavelmente melhor, digno de Juliana. E nossa italianinha também passará por muita coisa, mas ao fim receberá seu merecido final feliz ao lado do homem que, a despeito de todos os defeitos, conquistou seu coração para sempre. Foi delicioso acompanhar tudo isso de camarote, acredito que vocês também amarão.

É isso por hoje, meus amores. E aí, gostaram de conhecer essa série? Ou, se já conheciam, concordam com o que eu disse sobre ela ou discordam totalmente? E de qual livro mais gostam? Vamos conversar a respeito! Obrigada por lerem até aqui, beijos e até o próximo post! 😘😘😘

P. S.: já tem outras séries da Sarah MacLean resenhadas no blog, cliquem aqui para conferir.

5 comentários sobre “Resenha: Os Números do Amor, Sarah MacLean

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