Em agosto, chegamos ao quarto mês do “Projeto Os Bridgertons”, um grupo de leitura coletiva organizado pela Paola do ig @SonhandoHistorias que visa ler os nove livros da série até o final do ano, sendo um a cada mês (com exceção de dezembro, onde devemos ler “A Caminho do Altar” e “E Viveram Felizes para Sempre“, os dois volumes que encerram a saga). Agora foi a vez de “Os Segredos de Colin Bridgerton”, e hoje eu vim trazer a minha opinião sobre ele para vocês. Se quiserem conferir as resenhas dos demais livros desta família maravilhosa (ou relacionados a ela), cliquem aqui.

Sinopse:
Há muitos anos, Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres.
Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade.
Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum.
Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente.
No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz.
Em “Os Segredos de Colin Bridgerton“, quarto livro da série “Os Bridgertons“, que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares, Julia Quinn constrói uma linda história que prova que de uma longa amizade pode nascer o amor mais profundo.
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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟
Este livro me provocou um misto de sentimentos, por isso vou me concentrar em falar deles em vez do enredo, até porque não quero revelar spoilers que podem (ou não) estragar a experiência de leitura. Quem me acompanha sabe que, desde “O Duque e Eu“, o Colin era o meu Bridgerton preferido: espirituoso, bem-humorado, encantador (ok, foi sacanagem usar esse adjetivo. Quem ler vai entender o porquê, contudo não deixa de ser aplicável) e incrível. Mas como eu bem disse, ele ERA o meu Bridgerton favorito. Eu me decepcionei tanto, mas TANTO com ele aqui, que a vontade era abaixar ainda mais a nota do livro, todavia não vou fazer isso por um único motivo: Penelope, desde já a minha personagem preferida da série.
A impressão que eu tive foi a de que ETs abduziram o meu Colin e colocaram outra criatura em seu lugar. Claro que ele não deixou de ser carismático, mas também revelou-se controlador, mandão e até posso dizer, um pouco violento (não, ele não agride a Penelope, mas pega no braço dela com uma força que sabe que está provocando-lhe dor). Eu amo mocinhos protetores e até curto certo nível de possessividade, mas só enquanto isso faz com que eles se dediquem ferozmente às mocinhas, façam de tudo pela felicidade delas. Isso perde totalmente o encanto quando começam a tentar controlá-las, podá-las para que sejam da forma que acham que elas devem ser. Entendo que era uma época machista, mas esse não é o primeiro livro que leio da Julia Quinn e eu sei que esse não é o estilo dela, ao menos não o que prevalece em sua escrita. Acho que o Colin deveria, sim, se preocupar, mas nunca, JAMAIS tentar dar ordens ou ignorar totalmente o que ela diz. Foi isso o que me irritou mais.
Agora, se o Colin foi uma decepção, a Penelope foi o completo oposto. Que mulher, minha gente, que mulher! Desde “O Duque e Eu”, eu torcia pra ela ter seu próprio livro, e fiquei exultante quando descobri que seria justamente com o Colin, que até então, era alguém que eu amava. O tempo voou desde o romance que abriu a série, dez/onze anos se passaram sem que eu me desse conta, e isso se reflete nos personagens, que estão bem mais maduros. No entanto, duvido que algum tenha evoluído tanto quanto a Penelope. Ela sempre foi inteligente e esperta, mas sua força só é mostrada pra valer aqui. Eu já tinha recebido um spoiler e sabia qual era o grande segredo revelado no livro (aliás, este foi o ponto alto da história), mas isso não estragou minha experiência como achei que ia acontecer, já que fui capaz de perceber as pistas que a Julia foi deixando sobre ele e vibrar sabendo a verdade. Amei mesmo! A Penelope é muito incrível, mas também tem fraquezas e inseguranças, resultantes principalmente da forma como foi tratada pela mãe e por outra personagem odiável. Aliás, eu adorei saber que ela se deu mal. Já não engolia essa filha da mãe desde que a vi pela primeira vez.
“Os Segredos de Colin Bridgerton” só não foi perfeito por causa da decepção com o mocinho mesmo, mas apesar disso é maravilhoso. Eu gostei da construção do romance em si, só não aprovei algumas atitudes do Colin em relação à Penelope. Ainda assim, ele consegue se redimir com ela no final. Estou ansiosa para ver como vai ser a vida da nova Sra. Bridgerton após a revelação final e torço para que isso seja explorado, ainda que em curta escala, no próximo livro da série. Que venha a Eloise e conquiste meu coração!
4 comentários sobre “Resenha: Os Segredos de Colin Bridgerton (Os Bridgertons #4), Julia Quinn”