
Sinopse:
*** Impróprio para menores de 18 anos ***
Uma disputa antiga fez inimigos os clãs Munro e Mackenzie e, desde então, tudo foi motivo para brigas.
Aileen Munro, uma jovem prometida a um conde asqueroso, cai na armadilha do destino ao se apaixonar por Ian Mackenzie, herdeiro do clã inimigo.
A história de amor, iniciada no princípio do século XIV, culminou com uma tragédia que, todavia, não trouxe o fim.
Disposto a viver uma eternidade ao lado da amada, Ian percorre séculos e países para convencê-la de seu amor, passando por guerras, pragas e doenças sem fraquejar.
Aventuras, sedução e provas de amor fazem parte deste livro, iniciado com um romance quente escrito pela autora best-seller Jéssica Macedo e o desfecho surpreendente da escritora Lis Wey.
Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟
“Reféns do Tempo” é um lançamento do qual eu já vinha ouvindo as autoras falarem há algum tempo, e estava ansiosa para ler. Afinal, se um bom escritor já é capaz de produzir obras incríveis, imagine o que pode resultar quando dois deles se unem para criar algo. E tanto a Jéssica Macedo quanto a Lis Wey são autoras fantásticas, cujas obras eu já recomendei diversas vezes por aqui. No entanto, apesar de já tê-las visto falando muito deste livro, eu ainda me surpreendi. Estava esperando algo relacionado a reencarnação e amor de várias vidas, e no fim foi algo totalmente diferente. Algo inédito e, definitivamente, maravilhoso.
O romance é dividido em duas partes, uma feita por cada autora, mas isso não causa estranhamento em momento algum, já que são fases completamente distintas da história, com propostas narrativas igualmente distintas. Tudo começa com uma Aileen menina indo parar em Inverness ao se esconder na carroça que o pai usava para carregar produtos para vender no mercado da cidade. Lá ela é vista por um menino cujo nome ela desconhece, mas descobre pertencer ao clã Mackenzie. Ele chega a mencionar o flagrante, mas ninguém dá bola e as coisas acabam por isso mesmo. Contudo, ocorre um desentendimento entre o pai do garoto e o dela, e isso é importante porque, ao que tudo indica, é nesse dia que começa a rivalidade que tanto vai fazê-los sofrer no futuro.
Alguns anos se passam e vemos um Ian adulto voltando da guerra como único sobrevivente de seu clã. Em seu caminho para casa, acaba passando pelas terras dos Munro e esbarrando em Aileen, já convertida em uma bela mulher. E, surpreendentemente, ele acaba reconhecendo nela a menina que viu oculta entre um punhado de lã vários anos antes. Aqui eu preciso confessar que acho lindo este reconhecimento, porém, da mesma forma, considero-o um tanto inexplicável. Acredito que seja minha única reclamação da história, inclusive, o fato de que este sentimento entre eles se desenvolve muito rapidamente. Rapidamente demais pra intensidade que possui. Mas continuando, sem que tenha se dado conta, Ian acabara ferido na guerra, o que faz com que Aileen tenha que cuidar dele, provavelmente salvando-lhe a vida.
Ser cuidado por ela com tanta dedicação, mesmo pertencendo a um clã inimigo, acaba mexendo bastante com ele e fazendo com que a vontade de revê-la aflore em seu coração; vontade que, sem saber, é correspondida pela Munro. A oportunidade não demora a surgir e, quando chega, vem acompanhada de um desejo intenso e primitivo que faz com que caiam nos braços um do outro (uma palavra sobre isso: fogo no parquinho). No entanto, a inimizade entre as famílias se colocará entre eles, provocando consequências que marcarão suas vidas de uma forma terrível. E o ódio entre clãs não é a única – nem sequer a pior – coisa a se colocar no caminho deste amor, o que nos leva à fase seguinte da história…
Não vou estragar a surpresa, mas posso dizer que a segunda parte é o que torna este livro diferente dos romances de época tradicionais, contendo alguns elementos místicos que, ao menos a mim, que sou fã de fantasia, agradaram bastante. E os acontecimentos se desenrolam numa velocidade alucinante, que me provocou uma agonia imensa a cada desencontro entre os protagonistas. Poucas vezes sofri tanto com um casal, a vontade que dava era de prender os dois num pote até que se acertassem de vez. E esta dor no peito é, de certa forma, bem-vinda, porque significa que o texto está transmitindo as emoções com vivacidade suficiente para desencadear este surto de adrenalina que faz o coração disparar. AMEI MUITO SENTIR TUDO ISSO!
Quem começar a ler com certeza vai se surpreender e, se estiver aberto à proposta, se deliciará com uma história que mexe profundamente com a gente. Vai se apaixonar por este casal que vive um amor intenso, mas que parece condenado a jamais poder desfrutá-lo, e justamente por todas as provações, torcerá ainda mais fortemente por eles. Sem contar que estamos falando das Highlands, o que, por si só, já é motivo suficiente para agarrar este livro e não largá-lo antes de chegar à última página.
Disponível em e-book na Amazon: https://amzn.to/2SfCPm4; já a versão física está em pré-venda no site da editora Portal.
4 comentários sobre “Resenha: Reféns do Tempo, Jéssica Macedo e Lis Wey”