Resenha: Um Marido de Faz de Conta (Os Rokesbys #2), Julia Quinn

Sinopse:

Enquanto você dormia…

Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha, Cecilia Harcourt tem duas opções: se mudar para a casa de uma tia ou se casar com um vigarista. Para fugir desses destinos, ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar do irmão. Após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela encontra o melhor amigo dele, Edward Rokesby, inconsciente e precisando desesperadamente de cuidados. Mas, para permanecer a seu lado, Cecilia precisa contar uma pequena mentira…

Eu disse a todos que era sua esposa.

Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade. 

Quem dera fosse verdade…

Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar ao homem que ama. Mas, quando a verdade vem à tona, Edward também pode ter algumas surpresas guardadas para a nova Sra. Rokesby.

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Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟

Em “Um Marido de Faz de Conta”, conhecemos Edward, o misterioso irmão Rokesby que tinha se juntado ao exército e que, em “Uma Dama Fora dos Padrões”, fora dado como desaparecido. Aqui descobrimos o que realmente aconteceu com ele e temos a oportunidade de acompanhar uma história diferente das demais que eu li da Julia Quinn, já que o palco dos acontecimentos não é a Inglaterra, com seus bailes pomposos cheios de cavalheiros titulados, debutantes em busca de marido e matronas casamenteiras protagonizando aquelas hilárias cenas de perseguição que tanto amamos, e sim uma Nova Iorque que testemunha os derradeiros esforços da Grã-Bretanha para manter uma colônia que anos antes já se proclamara independente.

Neste romance, conhecemos também Cecilia, uma mulher corajosa o bastante para deixar a Inglaterra para trás e partir rumo a um país desconhecido em busca de respostas quanto ao paradeiro do irmão, Thomas; e altruísta o suficiente para passar dias cuidando de um homem com quem nunca se encontrou pessoalmente, ao descobri-lo ferido, desacordado e sozinho no leito de um hospital improvisado. O problema é que, para obter permissão para isso, precisa inventar uma pequena mentirinha: ser a esposa dele. Só que as coisas se complicam quando Edward acorda com parte da memória perdida e acredita que Cecilia seja realmente a sua esposa, e não ajuda em nada o fato de ela meio que ser um pouco apaixonada por ele. Ao menos pela parte dele que conhece através das cartas trocadas com o irmão, melhor amigo de Edward e seu colega de regimento, e dos trechos espirituosos que endereçavam um ao outro no fim de suas missivas. Inclusive, estas cartas abrem cada capítulo e vão nos dando um vislumbre da relação deles e dos acontecimentos que antecederam ao início do livro. Não ajuda também que Edward seja tão absurdamente encantador e pareça tão satisfeito com este arranjo matrimonial.

Cecilia decide então manter a farsa, ao menos até Edward recuperar a memória e não mais precisar dela. Além disso, não pode deixar de aproveitar o fato de as autoridades se mostrarem tão solícitas ao ouvirem o sobrenome Rokesby. E quem poderia culpá-la por querer se valer de todos os meios possíveis para encontrar o irmão, a única família que lhe restou após a morte do pai? Com a convivência, porém, vão surgindo faíscas entre os dois, e o sentimento que era puramente platônico se transforma numa paixão arrebatadora e num amor que só se experimenta uma vez na vida. Só resta saber se ele sobreviverá às mentiras…

“Um Marido de Faz de Conta” me conquistou ainda mais do que o livro anterior e me envolveu completamente, fazendo com que eu me apaixonasse por este casal que, por estar praticamente sozinho, longe do seu país de origem, tem um convívio maior do que seria possível em outras condições e vive uma dependência única um do outro. Ele, devido aos ferimentos e à falta de memória e ela, graças à sua condição de mulher que, ainda que meramente nas aparências, necessita de um homem ao seu lado para protegê-la e fazer sua voz ser ouvida em uma sociedade que tendia a considerar sua parte feminina incapaz. Edward é dono de um charme ímpar e, apesar da situação complicada pela qual está passando, conserva um senso de humor extremamente cativante, e Cecilia não fica para trás neste quesito. Talvez até devêssemos julgá-la pelas mentiras, mas sua situação é tão complicada e seus motivos, tão plausíveis, que não conseguimos deixar de torcer para que Edward a perdoe e a converta em sua esposa de fato.

PS: se quiser conferir as resenhas dos demais livros da série, clique aqui.

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5 comentários sobre “Resenha: Um Marido de Faz de Conta (Os Rokesbys #2), Julia Quinn

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